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30.5.04
O Ma-Schamba admitiu o Quase em Português ao seu conselho. Só posso agradecer e dizer que me sinto muito honrado, e confessar-me um pouco embaraçado pelo facto de que alguém quem tem um blogue não só com muito interesse mas que demostra verdadeiro profissionalismo, acha as minhas notas avulsas e pessoais dignas de nota. (post do OzOnO do 26.05.04) "O que mais me alegra na vitória do Porto é a alegria daqueles que muito poucas vezes têm razões para se alegrarem. Se não fosse por mais nada, o futebol já seria, só por isso, uma coisa digna de todos os louvores." escreve o Blogo...Existo Pois é. Confesso que tenho sentimentos ambivalentes em relação a essa afirmação. Tão verdade como é que toda a gente devia de vez em quando ter uma experiência de sucesso, e também que não ha nada mais bonito do que um festejo colectivo de um sucesso colectivo, esta felicidade via identificação futebolística sabe-me a demasiado pouco. A celebração comum dum sucesso colectivo devia, para poder ser completo (e genuino?) ser precedido dum correspondente esforço colectivo. Eu sei. Sei que isso não é possível. Porque raio então tenho que desvalorizar a alegria dos fâs... 29.5.04
Adolph von Menzel: Frau mit Fächer (Studie) Um membro da boa sociedade berlinense tinha encomendado um desenho ao famoso pintor Adolph von Menzel. Os dias, as semanas passaram, sem notícias do pintor, até o cliente, impaciente, resolveu visitá-lo e exigir o trabalho. "Espere um momento", respondeu este, e em vinte minutos lhe fez o desenho, à sua frente, que tinha todas as características da su mestria. O cliente, encantado, perguntou quanto devia. A resposta: 100 Taler. "100 Taler para vinte minutos?!" indignou-se o cliente. "100 Taler para vinte minutos de desenho mais setenta anos de ensaio", respondeu Menzel. Já ouvi esta anedota com outros protagonistas... É, de facto, um dos aspectos mais intrigantes na produção artísitca a relacão nada linear entre a sua qualidade e o tempo da produção. Ou mais precisamente: entre aquilo que constitui a sua essência e o tempo da sua produção. A produção - ou melhor: a exteriorização do núcleo artístico, o qual sempre é uma síntese altamente densificada, ocupa muitas vezes ridiculamente pouco tempo. Mas aquela síntese é sempre resultado de um processo de gestação, que antes não necessáriamente deixa registos exteriores e cuja alocação no tempo é muito difícil de fazer, mesmo para o próprio autor. Nesta gestação incluam-se processos que começaram muito antes do início da obra em questão. (O treino de Menzel.) O que é facil registar e quantificar, é o subsequente processo de testes, de afinação e de aperfeiçoamento, que - pelo menos na arquitectura - normalmente é imprescindivel e pode ocupar imenso tempo, embora em todo este tempo pouco ou nada se acrescenta àquilo que faz a obra (o projecto) valer a pena. 28.5.04
"When the story ultimately comes out we'll see that Iran has run one of the most masterful intelligence operations in history. They persuaded the US and Britain to dispose of its greatest enemy." -- Former State Department counter-terrorism official Larry Johnson, quoted in The Guardian. According to the article: "Some intelligence officials now believe that Iran used the hawks in the Pentagon and the White House to get rid of a hostile neighbour, and pave the way for a Shia-ruled Iraq." Encontrado no Blogo...Existo 26.5.04
Playmate da semana? - Não própriamente. Ela era a minha primeira paixão do grande ecrã. (Minto: Não sou tão velho. Ví, aos catorze, Roman Holiday na TV e estava perdido.) Alguém me explicou em tempos a diferênça fundamental entre ser da esquerda e ser da direita. Ser da esquerda é não poder conformar-se com a injustiça social, a gritande desigualdade da distribuição de bens e oportunidades entre os Homens. Ser impelido para lutar para mais justiça. Ser da direita é conformar-se com a inevitabilidade da desigualdade e atenuá-la, na medida que a consciência exige, com a caridade. (A propósito do post do Miguel Marujo no TdA) 25.5.04
Tenho entre os meus amigos pessoas que considero decentes e intelectualmente honestas, embora que não partilham certas opiniões políticas comigo. Eles têm entre os seus amigos pessoas que consideram decentes e intelectualmente honestas, embora que não partilham certas opiniões políticas com eles. Pessoas que considero criminosos. Etiquetas: sel 24.5.04
Esta Segunda-feira os habitantes da Terra da Alegria convidaram estrangeiros, entre eles a mim, a escrever nela... 23.5.04
Michelangelo: Oráculo de Delphi Disse que já não tenho nada de novo para dizer sobre a guerra no Iraque. Mas, felizmente outros têm. Vejam este excelente artigode Augusto M. Seabra. Aqui aprendi algo. E eis um exemplo como se pode reflectir honestamente, isto é, com nuance, sobre esta guerra (ao contrário dos que referiu neste artigo: José Pacheco Pereira e Vasco Pulido Valente). Já la vão duas semanas desde que referi pela última vez a guerra no Iraque num post. Verdade é que não tenho nada de novo para dizer. Quanto muito que me assusta como mesmo pessoas que achei dotado de alguma independência intelectual não vêem ou não querem ver o desastre que os Americanos e os seus aliados arranjaram no Iraque. E o verdadeiro desastre ainda está para vir: Quando eles retiram, entregando o poder a um regime fantoche, a uma ONU que não pode e não tem quem está disposto de pagar com sangue a manutenção da Ordem no Iraque ou simplesmente entrega o pais ao teocratas xiitas e/ou ao guerra civil. Chamaram cobardes, hipocritos, ou, na melhor das hipoteses ingénuos e fundamentalistas moral, a nós, que opusemo-nos à esta guerra. Como a oposição à guerra não tivesse tido argumentos racionais, para além da ética. Mas deixamos todo o debate sobre o eventual imperialismo, o petrólio, a legitimidade internacional etc. de lado. Mesmo para quem acha o fim - controlar o Médio Oriente, combater o terrorismo - justificava os meios: guerra illegal, desautorização da ONU, desacreditação do direito internacional, vítimas militares e civís, custos astronómicos para os Iraquianos, a economia internacional e talvez os Americanos, e muitos outros, deve estar claro como água: You fucked it all up! E não, não estou contente com isso! Essa frequente insinuação é o cúmulo da pulhice! Qualquer um com um resto de juizo sabe, que o que temos agora no médio oriente, como resultado da guerra, não é bom para ninguém. Par ninguem mesmo! Excepto para Bin Laden e quem ganha dinheiro com a produção e o tráfico de armas. 21.5.04
Não posso deixar passar essa rara oportunidade de assinalar que concordo plenamente, sem reservas, com um post da Voz do Deserto: O salário do pecado é a morte (Romanos 6:23) Os piores blogues são os que defendem causas. Quer sejam democratas invictos, maricas inflamados, evangélicos cheios do Espírito, ou vítimas de outra qualquer patologia semi-filantrópica. Gente que parece que está a ser paga para fazer um bom trabalho não interessa fora do escritório. Até me esqueci da playmate da semana! Para os voyeurs entre os leitores do Quase em Português este foto de Jean-Francois Jonvelle que encontrei aqui via Prosa Caotica. 20.5.04
Queria felicitar o Classe Média, que no dia 12 fez seis meses, e cumprimentá-lo especialmente pelo facto de assim ser exactamente um dia mais novo doque o Quase em Português! Compreendo o quando, em vez de celebrar euforicamente esta meta (que eu quase teria conseguido não assinalar no Quase em Português), cita um post um pouco desanimado do Planeta Reboque. Já senti tudo isso também, mas acho que não é a blogosfera, somos nós, os autores dos blogs de meia idade, que tem a sua midlife crisis. ______________________ A (des)propósito: Walter Benjamin conta o que faz quando não se sente insdpirado: O mais importante é continuar a escrever... É isso. Ou fazer outra coisa qualquer, completamente diferente. Os mestres Zen dizem que com o espírito certo, não interessa o que se faz, fá-lo total dedicação e prazer. Varrer o chão, por exemplo, ou lavar a loiça. O mestre Zen pensa em nada, quando o faz. Só varre. Eu, quando lavo a loiça, penso no projecto que estou a desenvolver. Por isso gosto de lavar a louça, nestes dias. Ao contrário de 80% do resto que faço. Longe do espírito Zen, faço o contrariado, ansioso para poder voltar ao concurso. Cada dia um pouco mais, ele toma conta de mim, transforma-me num obsecado. Já sei como é: nos últimos dias não existirá mais nada no mundo. Não conheço o que me dá mais prazer, mais satisfação. Não é exactamente Zen. Mas é algo parecido. _______________ Se não terei tempo para o blogue, não será por falta do tempo de trabalho. É por falta do tempo intersticial, o que é o tempo criativo, que no momento, queira que não (mas quero!), se preenche com arquitectura e mais nada. 17.5.04
Se tinha dúvidas, já não as tenho: A blogosfera é o lugar para fazer novas experiências. Fiz uma agora, a ler os comentários a este post... 16.5.04
Zadok Ben David: The man with the heart in his hand 15.5.04
Há dias postei um episódio com Brecht sobre a omissão na arte, mais precisamente sobre a necessidade da aprendizagem e do domínio daquilo que se omite. Segundo o Timshel Hemingway defendia uma teoria semelhante. Há quem se sente atraido pela aparência algo anti-racional desta teoria, que parece sustentar o caracter sobrenatural da arte e a sua mistificação. Mas a mim esse seu eventual charme não me satisfaz. Acontece, no entanto, que a teoria coincide com a minha modesta experiência profissional de projectista. A omissão ocupa em todo o processo de criação de projecto uma grande parte do meu trabalho. Depois de uma primeira fase de recolha (mais ou menos sistemática) de informação sobre a tarefa e de uma fase de gestação de uma ideia (num processo semi-consciente), escolho entre as ideias que se sugerem aquela que parece responder ao problema da forma mais simples. Mas no processo da sua concretização, no qual ela é confrontada, em pormenor, com todas as condicionantes e objectoivos, a ideia inicialmente simples ganha rapidamente uma grande complexidade e ameaça perder a sua clareza inicial. Começa agora a luta árdua para voltar a simplicidade inicial, sem descurar os problemas a resolver. Se ganho essa luta, o desatento pode não ver, à primeira, a diferença entre a simplicidade inicial e a simplicidade posterior. Mas irá sentí-la. A diferença é que a meia dúzia de aspectos, temas e motivos, que constituam a obra, foram escolhidos não entre algumas mas entre milhares de outras possiveis constelações. O actor (no episódio) irá escolher, depois de ter aprendido os sete, três acordes para tocar a musica de forma adequadamente imperfeito, mas os três serão possivelmente outros do que os três que só dominava inicialmente. Etiquetas: sel 13.5.04
Paula Modersohn-Becker: Rilke Vou ter que ser económico nos posts. 12.5.04
É curioso: o mau gosto que suporto menos é sempre o mau gosto da época anterior. Lembro-me, nos anos oitenta, o ponto mais baixo ao qual para mim o gosto tinha chegado na história era o estilo hippie lavado tipo ABBA. Hoje, não o gosto propriamente, mas já não me toca de forma tão imediata como me impressionam agora as cabeleiras, a maquilhagem e as roupas dos anos 80 (a ver p.ex. na reposição de Dallas, algures na TV-Cabo). Um bom exemplo é também a Cindy na foto em baixo. Claro que ela encena este gosto com um requinto especial. (Tão súbtil que ainda não encontrei o termo para o denominar...) Playmate da semana: Cindy (Untitled Film Still 15) (Sherman) 11.5.04
Bedecke deinen Himmel, Zeus, Mit Wolkendunst, Und übe, dem Knaben gleich, Der Disteln köpft, An Eichen dich und Bergeshöhn; Mußt mir meine Erde Doch lassen stehn Und meine Hütte, die du nicht gebaut, Und meinen Herd, Um dessen Glut Du mich beneidest. Ich kenne nichts Ärmeres Unter der Sonn als euch, Götter! Ihr nähret kümmerlich Von Opfersteuern Und Gebetshauch Eure Majestät Und darbtet, wären Nicht Kinder und Bettler Hoffnungsvolle Toren. Da ich ein Kind war, Nicht wußte, wo aus noch ein, Kehrt ich mein verirrtes Auge Zur Sonne, als wenn drüber wär Ein Ohr, zu hören meine Klage, Ein Herz wie meins, Sich des Bedrängten zu erbarmen. Wer half mir Wider der Titanen Übermut? Wer rettete vom Tode mich, Von Sklaverei? Hast du nicht alles selbst vollendet, Heilig glühend Herz? Und glühtest jung und gut, Betrogen, Rettungsdank Dem Schlafenden da droben? Ich dich ehren? Wofür? Hast du die Schmerzen gelindert Je des Beladenen? Hast du die Tränen gestillet Je des Geängsteten? Hat nicht mich zum Manne geschmiedet Die allmächtige Zeit Und das ewige Schicksal, Meine Herrn und deine? Wähntest du etwa, Ich sollte das Leben hassen, In Wüsten fliehen, Weil nicht alle Blütenträume reiften? Hier sitz ich, forme Menschen Nach meinem Bilde, Ein Geschlecht, das mir gleich sei, Zu leiden, zu weinen, Zu genießen und zu freuen sich, Und dein nicht zu achten, Wie ich! (Johann Wolfgang von Goethe) _______________ Prometheus Encobre o teu céu, Zeus, Com vapores de nuvens, E, qual menino que decepa A flor dos cardos, Exercita-se em carvalhos e cristas de montes; Mas a minha Terra Hás-de me deixar, E a minha cabana, que não construíste E o meu lar, cujo braseiro Me invejas. Nada mais pobre conheço Sob o sol do que vòs, o Deuses! Pobremente nutris De tributos de sacrifícios E hálitos de preces A vossa majestade, E morrerías de fome, se não fossem Crianças e mendigos Loucos cheios de esperança. Quando era menino não sabia Para onde havia de virar-me, Voltava os olhos desgarrados Para o Sol, como se lá houvesse Ouvido para o meu queixume, Coração como o meu Que se compadecesse de minha angústia. Quem me ajudou Contra a insolência dos Titãs? Quem me livrou da morte Da escravidão? Pois não foste tu que tudo acabaste, Meu coração em fogo sagrado? E jovem e bom, enganado Ardias ao Deus que lá no céu dormia Tuas graças de salvação? Eu venerar-te? Por quê? Aliviaste tu jamais as dores do oprimido? Enxugaste jamais as lágrimas do angustiado? Pois não me forjaram Homem O tempo todo-poderoso E o Destino eterno, Meus senhores e teus? Pensavas tu talvez que eu havia de odiar a vida E fugir para os desertos, Lá porque nem todos Os sonhos em flor frutificaram? Pois aqui estou! Formando homens À minha imagem, Uma estirpe que a mim se assemelhe Para sofrer, para chorar, Para gozar e se alegrar, E para não te respeitar, Como eu! (baseado na tradução de Carlos Bechtinger) 10.5.04
"A minha posição é a seguinte: Interessa-me sobretudo o conhecimento objectivo e a sua evolução, e sustento que não é possível, compreendermos os princípios do conhecimento subjectivo se não estudarmos a evolução do conhecimento objectivo e o intercâmbio entre os dois tipos de conhecimento (no qual o conhecimento subjectivo recebe mais do que dá)." (Karl Popper) "There is no objective experience. All experience is subjective. Our brains make the images that we think we "perceive." It is significant that all perception - all conscious perception - has image characteristics. A pain is localize somewhere. It has a beginning and an end and a location and stands out against a background. (...). Experience of the exterior is always mediated by particular sense organs and neural pathways. To that extent, objects are creation, and my experience of them is subjective, not objective. It is, however, not a trivial assertion to note that very few persons, at least in occidental culture, doubt the objectivity of such sense data as pain or their visual images of the external world. Or civilization is deeply based on this illusion." (Gregory Bateson) Encontrado no OzOnO, que cada dia está melhor... Foi a segunda vez que estive nos Açores. As duas vezes em trabalho, o que acho uma sorte. Não há melhor forma de estar num lugar belo do que lá estar com assuntos por tratar. E gozar o tempo intersticial, o tempo que sobra, como um bonus, em vez de isto ser objectivo, programa. 9.5.04
O Filipe Nunes Vicente do Mar Salgado indigna-se com a indignação selectiva dos jornalistas portugueses em relação à tortura: Enquanto hoje todos caiam em cima da admistração americana, durante anos ignoraram os crimes do confrade* Fidel. Não sou jornalista, por isso não preciso de enfiar a carapuça. De resto: Se entendo o Filipe Nunes Vicente bem, o que ele quer dizer é: Bush, Rumsfeld ou Castro, são igualmente criminosos. Devem ser responsabilizados, perante um tribunal internacional, pelos crimes que ou ordenaram, ou não impediram, embora tendo sido isso a sua responsabilidade! Se for provada a sua responsabilidade, em tribunal, por torturas, não interessa se forem espancamentos, choques electricos, tortura de sono ou de frio ou o que mais há de técnicas de interrogatório desumanos, cadeia com eles! Não posso estar mais de acordo! *(da confraria do vinho do Porto) 6.5.04
Volto já... Postei um comentário meu ao comentário do Timshel a este post do Adufe. Tinha inicialmente colocado uma cópia aqui, mas é melhor lê-lo no contexto... O debate que começou nos comentários do Adufe, e que este, amavelmente, agora o levou ao plano dos seus posts, continua também nos comentários aqui deste post... (Gosto disso: Já não interessa se se está em casa própria, em casa do amigo ou no de outro amigo.) Etiquetas: moral 5.5.04
"O professor universitário e dissidente iraniano Hachem Aghajari anunciou que não irá recorrer da pena de morte a que foi condenado, e proibiu o seu advogado de o fazer em seu nome, desafiando assim a justiça iraniana a executá-lo por ter criticado a sistema político do país, no qual o governo está na mão dos religiosos. "Ele disse-me que se recusava a apelar e que me proibia de o fazer", declarou o seu advogado, Saleh Nikbakht, numa conferência de imprensa em Teerão. O juiz do tribunal de Hamedan, que pronunciou a setença máxima contra Aghajari em Novembro de 2002 - o que na altura provocou grandes manifestações de protesto dos estudantes e confrontos nas ruas - decidiu na segunda-feira "manter o seu julgamento", considerando o intelectual culpado de "apostasia". A autoridade judicial iraniana veio ontem esclarecer que a sentença não é definitiva, procurando, segundo a AFP, evitar uma nova onda de protestos. "A decisão definitiva relativamente à acusação de apostasia e à condenação à morte tem que ser tomada pelo Supremo Tribunal. e este ainda não se pronunciou", explicou um porta-voz da autoridade judicial." Playmate da semana: Sappho (Christian Angerer) 4.5.04
3.5.04
Há 20 anos, Robert Axelrodt convidou uma serie de pessoas, informáticos, especialistas em game-theory e outros cientistas para fazer programas que iriam concorrer entre eles num jogo com regras que se baseavam no dilema dos prisioneiros. Ganhou um programa que deu esperança de que razão e decência afinal não se encontram em campos adversários. O programa chama se Tit for Tat. (Soube do aniversário pela Formiga) Andy Goldsworthy: Snowslabcircles 2.5.04
é o post do OzOnO e o seu link para estas fotografias da guerra do Iraque. Toda a gente sabe que fotografias dessas só servem para provocar emoções fortes contra a guerra e desta forma - não nos iludamos! - contra os aliados, que diáriamente arriscam e por vezes - nem tão raras vezes - até sacrificam a vida com nenhum outro motivo a não ser para poder oferecer aos Iraquianos a democracia! É por isso que pessoas com sentido de responsabilidade, como aqueles bloguistas, que sabem que esta guerra é uma boa guerra, não ajudam a divulgar imagens dessas e tão pouco falam da tortura que soldados americanos aplicaram a prisoneiros iraquianos. 1.5.04
Nos ensaios para uma das suas peças, julgo que era no Berliner Ensemble, um dos actores tinha de acompanhar uma canção na guitarra. Estupefacto ouviu Brecht, que os sons da guitarra só deram uma ideia muito remota da composição. Pedido explicações, o actor respondeu: na peça há sete acordes, mas eu só sei tocar três; mas afinal de tudo represento um trabalhador, que é um homem simples, em que seria improvável que dominasse sete acordes. Consta que Brecht então ficou pensativo e a seguir respondeu: Então está bem, voçê aprende os outros quatro acordes, e depois omite as. (em Peter Sloterdijk: Kopernikanische Mobilmachung und ptolemäische Abrüstung) Etiquetas: sel ...porque não cabe no conceito estético do meu blogue, que pretendo bonito. É como na vida. |
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