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5.3.07
O Carlos lançou o desafio de rebater a argumentação de Pedro Arroja. Pensei que já o teria feito, modestamente, através do pequeno relato da minha conversa com o comunista. Mas se não me fiz entender, então será porque não entendemos a mesma coisa sob o termo liberdade. A liberdade de que o Pedro Arroja fala é uma liberdade cassada. Aí a autoridade, que presta contas a ninguém ou, no caso do Papa, a uma entidade obscura, irresponsável e de existência duvidosa, revoga a liberdade para voltar a concedê-la depois, na medida e na forma como entende, a quem entende: por exemplo na medida e forma diferente a homens e mulheres. Como em qualquer outra ditadura, bem como no sistema feudal, donde este conceito de liberdade provêm, as pessoas não são proprietários da sua liberdade, mas só seus usufrutuários. Ao contrário disto, a liberdade de que eu falo é uma propriedade inalienável: Um direito do homem. Noto a preocupação de Pedro Arroja em realçar a necessidade dos limites da liberdade. Como tantos defensores da autoridade, e mais ainda, defensores da sua autoridade, espera que a aceitação desta necessidade, a que o senso comum obriga, suprime a pergunta pertinente pela legitimidade de quem pretende impor estes limites. Numa sociedade livre os limites da liberdade não são impostos por cima, mas encontrados numa racional e democrática negociação entre os seus co-titulares. |
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