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  • 21.10.08
    Para o Campo Pequeno, e já!

    Rui, eu sinto exactamente o mesmo! Se isso tem a ver com ser de esquerda - e tem -, não tem porém nada a ver com ideologia, teorias, com ter lido Marx ou não lido Marx, com acreditar ou não na superior eficácia da economia do mercado. Também não tem a ver tanto com a nossa socialização, com a classe em que nascemos. Não digo que não tenha nada a ver, mas muito menos do que se possa pensar. Sei isso por experiência. Tenho na familia pessoas que são irmãs, uma tal e qual como esta Laurinda Alves, e outra que abomina esta forma de estar na vida tanto como tu e eu. Talvez é mesmo genético, um gene da esquerda, que se tem ou não tem, e que faz com que uns têm um elementar sentido de justiça e de vergonha, e outros não.

    Adenda (23.10.08):
    Fiz uso da tirada "para o Campo Pequeno, e já" em sentido figurativo, tal como podia ter dito "puxo da pistola". Lamento ter usado esta frase sem consideração pelos visados. É indecente confrontar alguém com a imagem de ser posto num estádio, a aguardar o seu eventual fuzilamento, mesmo numa figura de estilo. Peço assim desculpa a Laurinda Alves e a outros que se possam identificar com os participantes no evento por ela descrito.
    Retiro a frase, mas isso não significa que me envergonhe do sentimento de que deu conta de forma infeliz.

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