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3.9.08
«O dr. Paulo Pedroso foi alvo de um dos maiores assassinatos de carácter de que há memória. Foi exibido ao país como uma "presa" fácil num safari exótico. Sofreu, de imediato, a "presunção" de culpado numa absurda inversão dos princípios que aprendemos nas universidades de direito. Esse lance infeliz da administração da justiça custou-lhe quatro meses e meio de cadeia e um "julgamento" alarve na praça pública. Nem o seu próprio partido escapou à mesquinhez da segregação. Pedroso procurou a mesma justiça para minorar os efeitos de uma prisão preventiva absolutamente escandalosa. A justiça deu-lhe, aqui, razão e o Estado foi condenado numa indemnização. Parece que o mesmo Estado, através do Ministério Público, vai recorrer. É, também, um direito seu. Convinha - até porque o dinheiro para as "preventivas" e para as indemnizações é produto do contribuinte - que a justiça seja mais prudente, mais eficaz e, sobretudo, menos espectacular e tagarela. E que, ao abrigo da nova legislação sobre responsabilidade civil do Estado, sejam tiradas as devidas ilações de uma situação na qual o referido contribuinte não teve culpa alguma.» Nunca estive mais de acordo com o João Gonçalves como aqui. Uma passagem pelos blogues e pelas caixas de comentário mostra tristemente que um assassinado dificilmente ressuscita, mesmo que seja "apenas" o carácter. |
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