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  • 9.3.08
    Determinação não chega

    Não há dúvida que a ministra de educação e com ela o governo têm cometido um erro muito grave. A manifestação de dois terços dos professores no Sábado mostra que para implementar reformas contra fortes resistências dos habituados ao status quo, não basta ser corajoso e estar determinado, nem quando se tem a maioria absoluta. Nem basta ter razão. Para além de não ter a razão toda no conteúdo, é hoje claro que não teve nenhuma na forma da sua implementação. Muitos erros poderiam ter sido evitado, através de uma pormenorização mais cautelosa e um timing prudente, como proposto pelo Afonso Mesquita. Mas mesmo se todos esses erros tivessem sido evitados, tenho para mim que a contestação por parte dos professores teria sido enorme. Porque é um facto que ela visa retirar privilégios à generalidade dos professores, com a contrapartida da promessa de melhores condições de progresso na carreira para poucos. É seguro presumir que a maioria dos professores, tal como qualquer outro grupo de pessoas, optaria pelo conhecido, que é seguro, do que pelo desconhecido que comporta riscos. E o benefício global de uma escola menos disfuncional que se reflectiria entre outro também em melhores condições de trabalho e resultados mais gratificantes, esse está demasiado longe da vista.

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