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16.2.08
Para o João
EM CIMA, SILENCIOSOS, os viajantes: Arbutre e astro. Em baixo, depois de tudo, nós, dez de número, o povo areia. O tempo, como que não, ele tem uma hora também para nós, aqui, na cidade areia. (Conta dos poços, conta da coroa dos poços, da roda dos poços, das tabernas dos poços - conta. Conta e conta, as horas, tambem elas, esgotam. Água: que palavra. Nos entendemos-te, vida.) O estrangeiro, não convidado, o hóspede. Seu vestido molhado. Seu olho molhado. (Conta-nos de poços, de - Conta e conta. Água: que palavra.) Seu vestido-e-olho, ele está, como nós, cheio de noite, ele mostra compreensão, ele conta agora até dez, como nós, e não mais. Em cima, os viajantes continuam inaudíveis. (Paul Celan) |
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