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20.11.07
«Mais próximos de nós, também Thatcher, Pinochet, Cheney e Rumsfeld se apoiaram em Hayek, em Fukuyama, no laureado Milton Friedman... Por trás de cada monstro (que, repito, talvez não seja um monstro) há quase sempre um pensador.
Mas só isto não basta. Os pensadores são poucos. Os divulgadores ajudam a fazer número, mas ainda assim não são suficientes. Mesmo os burocratas, numerosos como são, não chegam para perfazer uma maioria. É aqui que entram os dandies: a multidão daqueles para quem o que conta, sobretudo, é serem do seu tempo. Estarem à moda. Estarem com o que "está a dar".
Houve os dandies do comunismo, houve os dandies do fascismo: hoje há os dandies do neoliberalismo. Estão com o que está. Desdenham o passado e acreditam que o futuro é propriedade sua. Revêem-se na modernidade, como já na modernidade se reviam, há cem anos, os seus antecessores. Não sabem nada. Abundam nos quadros das empresas e dos partidos. Alguns dizem-se socialistas. Alguns são Primeiros-Ministros.»
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