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  • 11.7.07
    Um teste

    Günter Wallraff é um escritor e jornalista alemão, que ganhou notoriedade com o seu trabalho de “undercover”. Por exemplo trabalhou, sob nome falso, como redactor da Bildzeitung (o "Coreio da Manhã" do sítio), e revelou depois em livro como lá se deturpava e fabricava notícias. Ou empregou-se, como trabalhador sem qualificação, e de (falsa) nacionalidade turca, na Thyssen, e escreveu sobre como é estar mesmo em baixo ("Ganz Unten") na hierarquia de trabalho.

    Um homem de esquerda então, polémico, combativo e alvo do ódio de muita gente de direita: uma espécie de Michael Moore, só que as suas reportagens são feitas de experiências da sua própria pessoa.
    Entretanto, o homem já tem idade de reforma, e vive, pelo que tenho ouvido dele ultimamente, uma vida mais pacata no bairro Ehrenfeld de Colónia.

    Acontece que há uma grande comunidade turca em Ehrenfeld, que tem uma pretensão polêmica: substituir a mesquita provisória e degradada por uma nova, mais bela e maior. A organização cívica turca do local, Ditib, que promove o projecto, teve a boa ideia de convidar o reconhecido amigo dos turcos Wallraff para integrar a sua comissão consultiva.

    Wallraff aceitou. Mas não se limitou a apoiar a construção da mesquita. Entretanto apresentou aos seus amigos turcos o projecto de ler e discutir na velha mesquita os Versículos Satánicos do seu amigo Salman Rushdie.
    Não quer que seja uma provocação, diz ele ao SPIEGEL, mas acha que é a altura que os muçulmanos leiam o que criticam. E tem esperança que a leitura e discussão se realize, até na língua turca.

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