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  • 22.7.07
    Tresleituras

    O Pedro Arroja não entendeu o meu post anterior. O que não é nenhum crime, mas como na gentil resposta que lhe dedicou, me citou de forma truncada, assim que se entendia que me orgulhasse de Hitler e Himmler, solicitei, num comentário, a rectificação desta falsificação - involuntária, julgo eu, mas lesiva ao meu bom nome.

    Na sequência, o Pedro Arroja modificou o seu post, não sem atribuir a tresleitura à má redacção do meu. Sobre isso, o leitor interessado pode formar a sua própria opinião: o meu post mantém-se inalterado aqui em baixo.
    Infelizmente não pode fazê-lo com o texto do Pedro Arroja, que contém uma alteração não identificada ao parágrafo que motivou a minha reclamação.

    O texto de ontem rezava:
    «Até que o Lutz me chamou à realidade, quando se referiu a Hitler e a Himmler. Deles, tal como em relação aos crimes que eles cometeram, o Lutz também não se envergonha (embora, num plano diferente, se envergonhe, o que me leva a presumir que o Lutz tem formação jurídica). Porém, o golpe fatal ao argumento ocorre um pouco mais abaixo quando o Lutz declara: "(...) a verdade seja dita: orgulho-me deles. Sei que é imbecil.".»

    Agora reza:
    «Até que o Lutz me chamou à realidade, quando se referiu a Hitler e a Himmler. Deles, tal como em relação aos crimes que eles cometeram, o Lutz também não se envergonha (embora, num plano diferente, se envergonhe, o que me leva a presumir que o Lutz tem formação jurídica)..Porém, o golpe fatal ao argumento ocorre um pouco mais abaixo quando o Lutz, referindo-se a Bach e a Thomas Mann, declara: "(...) a verdade seja dita: orgulho-me deles. Sei que é imbecil.".»

    A alteração, marcada em bold por mim, é obviamente substancial.

    O novo parágrafo, a conclusão, reza agora:
    «Pois é. O Lutz tem os valores ao contrário. Considera imbecil orgulhar-se de Bach ou Thomas Mann, mas uma honra não se envergonhar nem de Hitler, nem de Himmler, nem dos crimes que eles cometeram. No mundo do Lutz, os génios destruidores vão poder florescer à vontade, enquanto os génios criadores só serão distinguidos enquanto houver imbecis.»

    Revela que continua a não compreender o que escrevi. Poderia voltar a tentar fazer-me entender, mas não. Dou por encerrado o meu diálogo com o Professor Arroja, por falta evidente de lealdade e honestidade intelectual da sua parte.

    A questão em si, como é possível ter identidade e orgulho nacional sem negar a verdade histórica, continuo a achar interessante, e voltarei a ela quando tiver tempo.

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