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5.7.07
Entretanto vi o vídeo, graças ao Youtube e os muitos blogues que o divulgaram. Ouvido palavra por palavra, fica claro: A secretária de Estado falou do seu caso. Mas como formulou, possibilitou, de facto, a suspeita de que ela talvez realmente acha que a lealdade dum funcionário público devida ao Estado obriga a evitar críticas públicas ao governo. O que seria, para uma secretária de Estado, uma imperdoável falta de espírito democrático. E talvez a tenha. Só, queiram quer não, a senhora não disse isso! Daí, atacá-la como se tivesse dito o que não disse, como aqui muitos fizeram, tem um nome muito simples: má fé. Não surpreende que os adversários políticos exploram a sua evidente inabilidade comunicacional. É feio, e não contribui para a elevação do confronto político, mas enfim. E a “imprensa de referência” também não resistiu a esta leitura, demasiado bem cabe ela na ideia actual (e aliás correcta) do governo autoritário e intolerante, para que possa ser desperdiçada, mesmo que se dane por isso rigor e seriedade. |
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