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  • 26.6.07
    Mas é a religião!

    Calhou que, entre tanta notícia merecedora de indignação, me irritaram especialmente as palavras de Lorde Ahmed. Sempre me repugnaram especialmente a hipocrisia e raciocínios perversos. Daí este post.

    Dizem-me que não se deve responsabilizar "os muçulmanos" pelo terrorismo fundamentalista. Nem pela fatwa de Chomeini contra Salman Rushdie. De acordo. Que não se deve estigmatizar uma religião inteira por causa dos crimes cometidos por alguns fanáticos. Está bem também.
    Mas não é natural perguntar como aquele raciocínio torto surgiu na cabeça do Lorde? Seguramente ninguém propõe que devo excluir certas respostas, a partida, só por serem inconvenientes ou politicamente incorrectas. Certo?
    Não vou excluir então, neste caso, a ideia para mim muito plausível de que o que permite ao Lord Ahmed responsabilizar aquele que os seus irmãos na fé quiseram mas não conseguiram matar pelas mortes dos que mataram em seu lugar, é a deformação do seu raciocínio pela sua religião.

    Depreendo de que Lord Ahmed é membro da Câmara de Lordes, que é um cidadão respeitado e respeitável do Reino Unido, um muçulmano "moderado", com quem esperamos encontrar uma base comum no combate ao fanatismo e ao terrorismo.
    Common ground. Pois...

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