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30.5.07
«Não se trata de uns quantos casos isolados, o mundo está coberto de comunidades feridas, que sofrem ainda hoje perseguições ou que ainda guardam a lembrança de sofrimentos antigos: e que sonham conseguir a vingança. Não podemos ficar insensíveis ao seu calvário; temos que defender o seu desejo de falar livremente a sua língua, de praticar sem temor a sua religião ou de preservar as suas tradições. Mas da compaixão desliza-se por vezes para a complacência. Aos que sofreram na pele a arrogância colonial, o racismo e a xenofobia, perdoamos-lhes os excessos da sua própria arrogância nacionalista, do seu próprio racismo e da sua própria xenofobia, desinteressando-nos por isso da sorte das suas vítimas, a menos que o sangue tenha jorrado a rodos. É que nunca se sabe onde acaba a legítima afirmação de identidade e começa o espezinhamento dos direitos dos outros! Não dizia eu, pois, que a palavra “identidade” era um “falso amigo”? Ela começa por reflectir uma aspiração legítima e torna-se subitamente um instrumento de guerra.» (Amin Maalouf, As Identidades Assassinas) daqui |
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