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10.4.07
...pouco informada, mas bastante firme, sobre o caso do canudo de Sócrates: Abstraindo completamente da informação, a meu ver ainda pouco consistente, sobre os pormenores do caso em concreto, parece-me já altamente plausível a existência de irregularidades na papelada e também no próprio processo da licenciatura de Sócrates. Apoio-me no pouco, mas suficiente, do que sei do funcionamento do ensino superior, privado e público, em Portugal. Em que medida no caso se complementam ou não burocracias desadequadas, desleixo e tráfico de favores, não sei. Calculo que o que se passou estava dentro do normal inaceitável. Mas não posso deixar de dar razão ao FNV do Mar Salgado - como se sabe, um empedernido apoiante do PS - que o caso é tristemente ilustrativo sobre como se faz oposição política e jornalística em Portugal. Aliviando-se da maçada de atacar as políticas, centra-se na pessoa. Como esta vive em Portugal e até hoje se saiu bem na vida, há razão em acreditar que basta cavar o suficiente para que se descobre merda. Todos sabemos, por experiência própria, que não há ninguém em Portugal que fez carreira para além do simples professor do secundário, que não contornou este ou aquele obstáculo de forma menos ortodoxa. E mesmo se não se encontre nada, continuamos a acreditar, pela mesma razão, a do nosso próprio exemplo, que houve aqui algo, e constatamos com reforçado respeito, misturado de inveja, que o sacana se safou. Mesmo muito triste seria se um governo que finalmente fez alguma coisa - se bem ou mal, ainda veremos, e temos (isto é: têm vocês) oportunidade de castigar ou recompensar nas próximas eleições - caisse sobre um tal assunto. Isso sim, seria a certidão de óbito da política em Portugual. |
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