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  • 13.4.07
    Barbarossa

    Já antes de ler o post do Rui Bebiano no Passado/Presente (também no Terceria Noite) sabia do mito do vosso Dom Sebastião. Logo quando o ouvi pela primeira vez, soava-me familiar. Pois nós os alemães temos, salvo o nevoeiro, um mito muito semelhante. O nosso Dom Sebastião chama-se Friedrich Barbarossa e foi coroado em 1155 imperador do “sacro império romano de nação alemã”. Em 1190, na Terceira Cruzada, que empreendeu junto com Ricardo Coração de Leão e Filipe II da França, afogou-se ao tomar banho no rio Saleph na Anatólia. Uma variante reza que caiu do seu cavalo ao atravessar o rio, o que tinha consequências fatais devido à pesada armadura que envergava.

    Tal como no caso do Dom Sebastião, o que se mantém dele presente no conhecimento popular é a sua lenda, que reza assim:
    Que na verdade o imperador não morreu, mas dorme, escondido, junto com todos os seus cavaleiros, numa vasta gruta na montanha Kyffhäuser, perto do seu castelo imperial no centro da Alemanha. Dorme lá, ressonando, debruçado sobre uma pesada mesa de carvalho que, nos séculos entretanto decorridos, já é indestrinçavelmente penetrada pela sua farta barba ruiva.
    De quando em quando, ele acorda e manda um rapaz para ver se os corvos, que voam desde que há memória em volta do Kyffhäuser, deixaram de fazê-lo. Pois isso seria o sinal de que chegou o dia em que em todo o mundo não soava nenhuma arma, e então o imperador voltará para retomar o governo da cristandade.

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