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  • 6.3.07
    O homem precisa de chegar a casa

    Não sou grande apreciador da religião islâmica, mas admito que, ao visionar um programa do canal Odisseia, ou People and Arts, ou semelhante, apercebi-me pela primeira vez do grande poder de atracção desta religião, e precisamente neste aspecto: na poligamia.

    Era uma reportagem sobre um navegador e comerciante do Iémen, um homem com quem simpatizei a partir do primeiro momento, pela sua postura séria, humilde, um homem que dá realmente um bom sentido ao termo "temente de Deus". Este homem era proprietário duma Dhau, dum destes barcos lindíssimos, que já nos tempos de Mil e uma Noite transportavam Sindbad e os seus companheiros, e que maravilhosamente ainda hoje navegam no Índico. Como se sabe, a vida no mar é dura, e ter de concorrer com os grandes navios de contentores não facilita. Mas ele e os seus marinheiros aguentam-se, com muito trabalho e dedicação. Passam a sua vida, excepto os poucos dias em terra, na sua irmandade exclusivamente masculina, unida, naturalmente, também por laços familiares, no alto mar, num vai-vêm interminável entre Aden e Carachi.

    Este homem dizia-se feliz. Gosta do seu trabalho, mas mais ainda gosta das suas famílias, que com ele sustenta. Uma em cada porto.

    (alterado)

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