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13.11.06
Raras vezes lembro-me do que sonho. Mas hoje sonhei ouvir uma peça desconhecida de Miles Davis, tocada pelo próprio, um saxofonista (Coltrane?) e um percussionista. Era sublime, cristalina e melancólica. Infelizmente não acordei, embora no sonho me esforcei de fazê-lo, para poder memorizá-la. Agora só me resta a recordação nebulosa dum solo filigrano de saxofone, sotoposto por uma percussion precisa e discreta, e da entrada do trompete do Miles, inconfundível: notas longas, frágeis e firmes, que exprimiam cada uma simultaneamente ternura, raiva e angústia, e geravam o consolo mágico, que só a grande arte consegue destilar do desespero. |
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