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  • 6.4.06

    Numa selva remota dum país longínquo, rezam relatos, grassa uma doênça horrível.
    Um parasita apodera-se do organismo, e embora não o matando, condena-o a uma vida de suplício, cansativa e penosa, pois consome toda a sua energia e tira-lhe qualquer esperança de alcançar objectivos com que podia ter sonhado.
    O parasita tem a especificidade de que, uma vez bem instalado, assume funções vitais do organismo, de maneira que a sua remoção põe em perigo a sobrevivência do hóspede.
    A medicina do país já elaborou e ainda elabora inúmeros tratados sobre as melhores formas de eliminação do parasita, mas na prática os curandeiros, bem como os próprios doentes, vêem, não sem razão, como inimigos perigosos os que querem aplicá-las. Ao contrário, eles estão empenhados em proteger e alimentar o parasita, em nome do bom senso, confirmado por longa experiência. Afinal viver é preciso.

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