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13.2.06
Mário Pinto sintetiza no Público de hoje muito bem os argumentos dos que se opõe ao direito de ridicularizar símbolos religiosos e outros. Cito um parágrafo: "Criei-me ouvindo, da boca de toda a gente, à minha volta, sem contestação, a sentença da sabedoria popular que, na sua linguagem de incomparável força e beleza, diz assim: 'há coisas com que não se brinca'." Neste trecho está tudo: A saudade dos bons costumes do tempo do outro senhor. A asfixiação paternalista da curiosidade intelectual, a cultura bafienta do tabu, que não necessita de justificar a sua razão de ser. O desprezo pela mobilidade intelectual do outro. O parádigma do discurso autoritário e anti-iluminista: Sapere non aude! Com algum espanto dou-me conta, nos últimos dias, de que a aliança dos defensores do autoritarismo e da censura facilmente atravessa as fronteiras confissionais. Não estarão de acordo sobre o conteúdo das suas crenças, mas que essas não devem ser questionadas é lhes mais caro do que isso. |
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