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10.2.06
O Timshel e outros amigos devem admirar-se porque abandonei a ideia de não discutir mais o escândalo das caricaturas. Em vez disso, acabei de subscrever um abaixo assinado a este respeito e fui até a uma manifestação. Explico: A manifestação tornou se necessária como contraste à tomada de posição oficial pelo governo português, que não só era superflua como escandanlosamente entendeu condenar as caricaturas mas não sequer referir a violência dos que se sentem ofendidos. Tenho grande pena que a estratégia de ignorar tanto as caricaturas como as reacções ofendidas afinal foi inviável. Tenho pena não só porque politicamente seria a coisa sensata de fazer. Seria também a todos os outros respeitos adequado reduzir o assunto à importância que merece. Mas não deu. Devo ainda salvarguardar-me dum possível equívoco. No penúltimo post, onde me dei conta de que já não acredito na bondade da proibição da calúnia de grupos, e neste contexto referi o artigo de Pacheco Pereira do Público de ontem, esqueci-me de deixar claro que não concordo de todo, mesmo de todo, com o súbtil ou nem tão súbtil incitamento ao pánico que este faz. Não precisamos de pánico, e também não da mobilização para uma guerra de que JPP como muitos outros querem nos convencer que já esteja em curso, precisamos de ser firmes, sim, de não ceder um milímetro, quando se trata da liberdade, mas precisamos de sê-lo de forma descontraída, pois: de forma civil. Adenda: Muito bem recomenda o João Pinto e Castro o artigo de Timothy Garton Ash. |
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