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  • 11.2.06
    Fazer uso da liberdade de expressão:

    “O que lá aconteceu, é – agora vocês todos têm de mudar [de registo nos voss]os cérebros – a maior obra de arte que uma vez existiu. Que espíritos realizam algo num acto, que nós na música nem conseguimos sonhar, que pessoas ensaiam como loucos durante dez anos totalmente fanaticos para um concerto e então morrem. Isto é a maior obra de arte que existe em todo o cosmos. Só imaginem o que lá aconteceu: Ali então há pessoas, que estão focados para um espectáculo, e então manda-se 5000 pessoas para a ressureição, num único momento. Eu não conseguia isto. Contra isto não somos nada, como compositores. Imaginem, eu seria capaz de criar uma obra de arte e voçês não só ficariam espantados, mas cairiam imediatamente, ficariam mortos e renasciam, porque simplesmente é demasiado louco. Pois alguns artistas também tentam atravessar a fronteira do que é de todo pensável e possível, para acordarmos, para que nos abrirmo-nos para um outro mundo.”


    Em resposta à pergunta se estava a equiparar arte e crime:
    “Um crime o é, porque as pessoas não estavam de acordo. Não foram para o “concerto”. Isto é claro. E ninguém lhes anunciou, isto aí pode acabar convosco.
    O que aconteceu espiritualmente, este salto para fora da segurança, para fora do evidente, isto pois as vezes acontece, pouco a pouco, na arte. Ou ela não é nada.”


    Karlheinz Stockhausen, no 16.9.2001, sobre os atentados às Torres Gémeas

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