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16.12.05
Eu sou daqueles "quem apenas o ouça a fazer grandes debates e [...] que o conhece apenas da televisão e da propaganda." Para que isso não fique assim, José Pacheco Pereira explicou ontem no Público (e aqui) como é o verdadeiro Francisco Louçã. Fico grato por uma lição de perfidia política, que com este requinte só raramente se vê. Adenda: Parece que a ironia não ficou clara neste post. Por isso explico: A perfidia é do JPP, que, como apoiante empenhado de outro candidato presidencial se apercebe do abismo entre a miserável prestação deste, e a excelente performance de Louçã nos debates presidenciais. Decide então limitar os danos. Começa por reconhecer e elogiar as qualidades óbvias do candidato adversário, aquelas que estão a vista para todos que viram os debates, passando pela crítica dos seus defeitos que aí também todos podiam verificar, para explicar-nos a seguir que não é isto que é relevante, mas a “verdadeira” posição e postura política do candidato adversário. E passa então a “descrevé-la”: Num potpourri alucinante de figuras e correspondetes modelos políticos de todo o mundo, JPP escolha a Venzuela de Hugo Chávez (nome referido) e a Líbia de Muammar Gadafi (nome prudentemente omisso) para os associar ao candidato adversário, sem uma única vez referir-se a qualquer argumento ou proposta concreta dele, que o sustenta. A seguir alerta para a “repressão” que a concretização dos seus objectivos implicaria, que nós, graças à evocação dos políticos estrangeiros, entretanto somos capazes de imaginar com facilidade, e conclua com a classificação do programa do candidato, que agora conhecemos, graças ao seu competente e imparcial esboço, como “sinistro”. Sinistro, pois... Adenda à adenda (só para os incorrigíveis): Não votaria em Louçã! |
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