Segundo o Abrupto, "o modo europeu de 'receber' e integrar os emigrantes envolvendo-os em subsídios e apoios" está em "crise", sendo mais eficaz o "modo americano"que dá "dá oportunidades de emprego e ascensão social".
E um leitor do Abrupto considera que a fuga de cérebros da França traduz descontentamento com "o tipo de sociedade, emprego, impostos" franceses.
São teorias interessantes. Por um lado, porque estudos da London School of Economics revelam que os EUA e a Grã-Bretanha são os países ocidentais com menor mobilidade social e maior fosso entre ricos e pobres. Por outro lado, os EUA são também o país com maior número de prisioneiros do mundo em termos absolutos (mais que a Índia, a Rússia, o Brasil) e a aumentar.
Suponho que se poderá chamar a isto um modelo de integração de alta segurança.
Em relação à teoria dos cérebros, reparo que segundo um estudo do FMI, alguns dos principais países com fuga de cérebros para os EUA são Taiwan, a Coreia do Sul e as ilhas Fiji, onde milhares de jovens académicos, sufocados com tanto subsídio, só sonham em tornarem-se self-made men americanos.Adenda:O
Timshel chamou-me a atenção ao facto de que o estudo citado no post acima reproduzido não refere a França, o que põe a nu a sua falta de honestidade intelectual. Lamento ter sido preciso alguém me ter de avisar-me para descobrir isso.
Esta observação porém não valoriza a tese do Abrupto, de que a mobilidade social seja melhor assegurado por sociedades, em que o estado não subsidia e apoia os seus cidadãos desfavorecidos, do que por aqueles, que o fazem. Contra isto o referido estudo apresenta argumentos, só não com os paises em questão, a França e os EUA.