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4.11.05
Caro Carlos, obrigado pela sua resposta exaustiva e ponderada, que li com muita atenção. Agradeço também a rectificação de que o seu post não foi uma manifestação de indignação, mas uma constatação preocupada. Admito que tinha caído na armadilha de arrumar o seu post anterior no grupo de tentativas maniqueistas de empurrar os críticos da própria casa automaticamente para o campo do inimigo. Devia ter sabido melhor, pois não foi o primeiro nem o segundo post que lhe li. No Tugir discute-se com nuance, felizmente, o que neste tema é especialmente raro. Permito-me então de chamar atenção à nunace também no meu caso: Não me oponho à manifestações que visam exclusivamente dirigentes e governantes estrangeiros. Disse que elas me incomodam. Acrescento agora: normalmente. Não só não sou adepto da teoria da não ingerência, como muito bem constata, (e que aqui aliás nunca aplicaria pois a ameaça do presidente iraniano é óbviamente algo que sempre nos diz respeito); também estou a favor de reacções firmes e inequívocas dos nossos governos neste caso. Pode ler-se isto no post. E não condenei manifestações contra governantes estrangeiros, expliquei antes que acho, embora com cepticismo, de possível utilidade manifestações que se preocupam com os direitos humanos em paises estrangeiros. O que também disse e mantenho, é que manifestações deste tipo, que não se solidarizam com a população do país (governo) criticado, ameaçam de contribuir para aquecer os ânimos e para aprofundar ressentimentos e inimizades nas populações dos países visadas. Mas mais do que prescrever a outros como devem ou não manifestar-se, o post foi uma reacção de defesa contra o que li ou tresli no seu post, e que já li e ouvi em muitas outras ocasiões: a insinuação ou até acusação aberta de que pessoas que, como eu, se antes empenham em criticar o que está mal no país em que vivem, do que aquilo que noutros paises se faz mal, (não porque acham que o mal que se faz nestes outros países é menor, muito pelo contrário, mas porque já deram por adquirido o consenso sobre a sua maldade) acabam por se manifestar como partidários do mal dos outros. |
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