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  • 1.10.05
    Global Competitiveness Report 2005-2006

    1. Finland
    2. USA
    3. Sweden
    4. Denmark
    5. Taiwan
    6. Singapore
    7. Iceland
    8. Switzerland
    9. Norway
    10. Australia
    11. Netherlands
    12. Japan
    13. United Kingdom
    14. Canada
    15. Germany
    16. New Zealand

    Pois é, Pikkolo. Também soube deste ranking no Público, e calculava que os paladinos do liberalismo o comentariam vastamente. Curiosamente ou talvez nem por isso, não li nem uma linha, em nenhum lado.

    O ranking agradou-me não porque confirma as minhas teorias económicas - não as tenho, tão pouco como as tenho sobre o nuclear ou o aquecimento global -, mas porque me dá esperança que o modelo social europeu (e não só) está para ficar, e vai sobreviver a globalização.

    Defendo o estado social não por ser o economicamente mais viável, mas por ser o mais humano e o menos injusto, e estou convencido que muitos que o atacam fazem-no por razões da mesma ordem. Não porque defendem um modelo económico mais eficaz, mas simplesmente porque lhes desagrada a ideia da partilha.
    Mais forte do que o discurso económico, supostamente científico, surge, como se verifica facilmente na leitura dos blogues chamados liberais, que o que move os seus autores são valores, e antes de mais um: a propriedade.
    E é isto que me faz um homem da esquerda: Não gosto dele e não tenho respeito pela propriedade enquanto valor, pelo contrário, até desprezo a "virtude" que lhe corresponde: o egoismo. Tudo isto vem antes da razão, reconheço isto para mim mas também para o outro lado, as teorias económicas vêm depois, naõ antes desta convicção.
    Assim posso desprezar a propriedade como valor e o egoismo como qualidade humana, e mesmo assim reconhecê-lo como instinto natural, aceitá-lo enquanto tal e considerá-lo útil como móbil para a acção humana. Posso reconhecer que uma civilização não funciona sem o conceito da propriedade. Como valor, somente instrumental.

    Mas tenho para mim que, no fundo, nada do que é meu é meu. Incondicionalmente, nada. Excepto, talvez, a minha vida.

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