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27.10.05
"Das presidenciais portuguesas não digo. Aliás, já disse: não voto. Se votasse não votaria em Manuel Alegre. Nem desgosto, é mais por causa daquele livro "CHE" (Caminho, 1996) [...] Não critico a poesia, quem sou eu. E nem por esse guevarismo o afasto. Do que está no poema, dessa "serra", quem me dera subi-la, vivê-la. Não é por isso. É mesma coisa de geração, Che é-lhe como a tantos coisa ícone, símbolo de melhorar, mudar, rasgar. Pena que "inútil discutir estratégia ou táctica", porque é mesmo isso que é útil. Ícone dele, ajudar-lhe-á a sentir e pensar, ele e alguma da gente dessa era. Eu venho depois, minhas coisas ícones foram mais Kiff the Riff, Rust Never Sleeps e o Lou Reed a chutar-se em palco, serras outras ou se calhar não. Eu não me chutava, mas estes guevaristas e os alter-guevaristas de agora também de guerrilheiros só quando saem do sofá em excursão a Porto Alegre (Viva PT, viva Lula): estamos na mesma?
Nem tanto, pelo menos com Alegre. Ele ainda no Guevara e eu não me imaginando aos 50 e tal anos a escrever loas aos chutos alive. Coisa de arranjar novos ícones, talvez. Ou de me desiconizar. Toda a diferença. Uma serra de diferença."(José Flávio Pimentel Teixeira)
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