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  • 25.8.05
    Voto infantil

    Angela Merkel, a provável próxima Bundeskanzlerin apresentou há duas semanas o seu Kompetenzteam, cujos seus membros são dados como os mais prováveis ministros do seu futuro gabinete.
    A estrela neste gabinete sombra é Paul Kirchhof, antigo juiz do tribunal constitucional e independente, e dado como futuro ministro de finanças. Uma das suas propostas é a simplificação da lei fiscal, através da atribuição duma taxa única do IRS de 25% e a eliminação total das 450 isenções e regimes especiais. Embora aclamada pela maioria dos especialistas conservadoeres e liberais, Angela Merkel já deixou claro que isto não acontecerá. Desde então duvida-se mais, se Kirchhof realmente aceitará a pasta de ministro.

    Hoje Kirchhof pronunciou-se - novamente, como me disseram - à favor dum projecto que me pareceu insólito: A introdução do voto infantil. Qualquer cidado alemão deverá ter um voto nas eleições á partir do primeiro dia da sua vida! Porém, até a sua maioridade, este voto será exercido pelos seus tutores, isto é, no caso normal, pelos seus pais. Não se trata duma ideia inconsequente dum indivíduo qualquer: Embora não podendo contar com uma maioria em nenhum dos partidos com sede no parlamento alemão, ela já angariou o apoio de muitas personalidades políticas de peso, entre eles a actual ministra da família, Renate Schmidt (SPD), o antigo Presidente da República, Roman Herzog (CDU), do presidente do parlamento, Wofgang Thierse (SPD), da vice-presidente do parlamento, Antje Vollmer (Verdes), o influente especialista dos assuntos financeiros, Hans Otto Solms (FDP), para além do presidente da conferência episcopal, Cardeal Lehmann e o magnata Hans-Olaf Henkel.

    Os alemães ficam genuinamente preocupados com o decrescimo populacional, e estão a procura dum caminho para uma sociedade que não penaliza tanto economicamente quem tem filhos. Acho bem, mas sobre se a re-introdução do voto ponderado, ao que isto se resuma ao fim ao cabo, é a solução certa, tenho sérias dúvidas.

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