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  • 7.7.05
    E agora algo completamente diferente:

    Fui ao Blogo...Existo para ver se encontrava um post lúcido sobre as bombas de Londres - como aquele em que disse que se devia tratar os ataques terroristas como as catástrofes naturais - e encontrei um sobre outro assunto com que concordo tanto que me apetece citá-lo na íntegra:

    João Miranda pergunta no Blasfémias porque é que a direita, quando chega ao poder, não é liberal.

    Há uma resposta simples: porque a direita, de facto, não é liberal, excepto naquele sentido corriqueiro, vulgar e ofensivo para o liberalismo, de que por vezes lhe convém a liberdade da raposa no galinheiro livre.

    Sim, eu sei que as coisas são mais complexas, que há muitas nuances, que é errado ver o mundo a preto e branco, e por aí fora. Ainda assim, convém não perder de vista o essencial, e o essencial é que a direita não passa da expressão política do egoísmo, exprimindo-se sociologicamente sempre e em todos os tempos através da aliança entre o privilégio e a ignorância.

    A direita liberal é, no essencial, uma história da carochinha, um conto de fadas para intelectuais. A direita é liberal no mesmo sentido em que os comunistas são democratas, ou seja, num sentido que não faz qualquer sentido para o comum dos mortais.

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