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  • 13.3.05
    À propósito do 11 de Março, com atraso

    Há certezas que o medo não vence, poucas, talvez, mas muito concretas. Há um saber que não precisa de espelhos ou de lupas para se assegurar de si. Não sou só eu que sou capaz de amar, não sou só eu que sou capaz de sofrer, não sou só eu que sou capaz de morrer, não sou eu aquele que é incapaz de matar.
    Há perigos que o medo alimenta. E nada de mais perigoso há do que o dia em que passamos a sofrer de forma perene e inesgotável. Lembrem-me estas palavras se fraquejar…


    Não me ocorreu nada de novo e genuino, na ocasião do aniversário do atentado de Madrid. E não quis escrever um post de circunstância. Admito que fui, medido pelos standards do Rui, um dos indiferentes. É verdade que vi o noticiário com lágrimas nos olhos, mas arrumei o caso, com bastante rapidez, junto das outras desgraças inconsoláveis do mundo. Não tenho força para expôr-me a todas, como devia, como irmão humano. Há um perigo - outro perigo do que aquele de que o Rui fala - na sociedade de informação, que é de acabar por não me expôr a nenhuma.

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