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  • 27.3.05
    Os paradoxos do absoluto

    Ernst Bloch conta no seu livro Spuren a seguinte anedota:

    A saída com graça:
    [...] No feminino, dissemos, a saída muitas vezes é má. A pergunta enganadora da mulher, quando a sopa está quente de mais: "Devo trazé-la quando está gelada?", não presta. Mas outra mulher já desperta a nossa atenção, na "anedota" da adúltera apanhada, que, apesar disso, nega. Que diz ao marido furioso, na sua situação, com o amante nu na cama: "Se confias mais nos teus olhos do que nas minhas palavras, onde está então o teu amor?" - Esta mulher soube escolher o seu exemplo para a sua afirmação de forma bastante nova e perturbadora. E o homem já não vê para além desta esquina; nem numa hora mais calma conseguia seguí-la. [...]


    A graça convence porque sentimos que, no fundo, a mulher tem razão. O amor, como a fé, quer se absoluto, e lembrar-nos a nossa incapacidade de tê-los assim, fá-nos culpados.

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