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  • 12.2.05
    Quem gosta do que faz, fá-lo melhor

    Há felizes, que conseguiram fazer da sua paixão profissão, como os músicos, os futebolistas, actores, mas também médicos, engenheiros, gestores, e até já ouvi dizer que há contabilistas ou merceeiros que exercem o seu ofício com gosto.
    Sem dúvida há militares que gostam do seu trabalho. E se achamos bem que há militares, não devemos admitir que tenham prazer no que fazem?
    Oiço os que dizem que sim, acrescentar apressadamente: Na camaradagem. Na ceremonia, na disciplina, no aspecto desportivo do seu trabalho. No planeamento e na sua execução rigorosa. Mas na matança? Não! Não queremos ouvir que um soldado diz que gosta de matar. Quem gosta de matar é um monstro. E não queremos que os nossos soldados sejam monstros. Por isso exigimo-lhes que não gostem de matar, ou pelo menos, que não o digam. Embora que isso é o acto profissional mais nobre genuino, aquele em que se manifesta a essência do seu ofício.
    Perguntem às crianças, que sabem-no:
    O bombeiro apaga fogos, o polícia apanha ladrões, o cirurgião opera, a bailarina dança e o soldado mata o inimigo.

    A propósito desta notícia, encontrada via A Quinta Coluna.

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