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28.1.05
O João Pinto e Castro chamou a atenção ao facto de que o Bernardo Pires de Lima entendeu por bem aproveitar a comemoração da libertação de Auschwitz para focar os crimes do Estalinismo. Para além do erro de negar a diferença categórica entre o Holocausto e os crimes contra a humanidade do Estalinismo - só o primeiro tinha como fim último o extermínio dum povo inteiro e concretizou o com a mais moderna logística indústrial da época - espanta-me a lógica que se revela nesta atitude. Aparentemente o Bernardo Pires de Lima julga dever arrumar estes crimes nos campos políticos da esquerda e da direita. E sendo da direita, acha prioritário procurar, no aniversário em que se recorda os crimes que entende ser do seu campo político, chamar a atenção aos crimes que entende ser do outro. Para qual não vislumbro outro motivo do que o de limitar supostos danos políticos. Que assim desvaloriza ambos os crimes, é um efeito secundário, que presumo que não viu, para não ter de supor que o achava aceitável. Da minha parte, pensei que o dia em que se comemora a libertação de Auschwitz só permitia traçar uma fronteira: a entre a humanidade e a bestialidade. |
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