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  • 26.11.04
    Ainda o tabú

    No post Os límites da liberdade o Timshel responde ao meu post Tabú e preconceito 2, concordando que a moral não deve intervir no pensamento, mas em relação à discussão pública tem reservas:

    "Imaginemos que se chegava à conclusão que 99,9% dos homens azuis (para retomar o exemplo dado na Terra da Alegria) tinham comportamentos criminosos frequentes. Em que condições, por exemplo, tal devia ser comunicado pela imprensa? Devia tal dado ser ou não transmitido pela imprensa? Como? Quais as consequências?

    [...] o problema não está na discussão mas nas consequências da discussão. É que, por vezes, uma discussão constitui, objectivamente, uma decisão."

    O problema é real e sério. Mas há nenhuma instituição a qual acho aceitável atribuir o direito de decidir o que se investiga e discuta e o que não. No fim, esta acabaria sempre como o Ministério da Verdade de Orwell.
    Não há melhor defesa para a humanidade, nos dois sentidos do termo, do que confiar nos à sociedade plural, em que é possível o contraditório, e que dá espaço para defender o que é intocável, os direitos humanos, de cada humano, contra eventuais conclusões que as põem em causa.

    Caso contrário perdemos tudo, liberdade e razão.

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