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9.11.04
"Logo que o decurso dos acontecimentos desta noite permite o destacamento dos oficiais para isso, deve prender-se em todos os distritos tantos judeus - nomeadamente abastados - como é possivel alojar nas prisões para isso preparadas. No início, só se deve prender Judeus saudáveis, de sexo masculino e não demasiado velhos. Depois da conclusão da prisão deve imedatamente ser estabelecido o contacto com os respectivos campos de concentração para a transeferência mais rápida possível para eles." (Reinhard Heydrich: Telex do 9.11.38) Na "Reichskristallnacht" o poder Nazi organizou um pogrom contra os Judeus a escala nacional, incendiando e destruindo sinagogas, assaltando lojas judias e prendendo arbitráriamente milhares de judeus para deportá-los para os campos de concentração. O NSDAP esforçou-se de dar a esta acção o aspecto dum surto espontáneo de "justa raiva popular", mas era uma acção minuciosamente planeada e organizada. O "povo", quer dizer o mob, eram, na verdade, membros do partido disfarçados de civís. A Kristallnacht foi um marco na escalada da perseguição antisemita na Alemanha Nazi, e um teste importante para ver em que medida a população comum tolerava ou até participava na violência aberta contra os Judeus. Ela não participou, mas não se mexeu. A partir daí, os assassinos sabiam que podiam contar com a cobardia do povo. _______________ Exactamente 51 anos depois, caiu o muro de Berlim. Por coincidir esta data com a Kristallnacht, hoje não é o dia 9 de Novembro feriado nacional, mas o incomparavelmente menos emocionante dia da assinatura do tratado da reunificação, o 3 de Outubro. Etiquetas: alemanha, antisemitismo, cidadania, sel |
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