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19.9.04
E assim ela aí está, a nossa obra, tão de pedra e estranha, tão autónoma, tão uma vez para sempre. Encara-te, sem acenar, sem sorrir, assim como nunca nos tivessemos conhecido; sem agradecer e sem perdoar. Depois de ter olhado para ela por muito tempo, e depois de superado os primeiros terrores, até dizemos: Não está mal, não se pode dizer que está mal! Lembra isto e aquilo, que nos alegrou e tornou feliz, ao projectá-lo, enquanto ela ainda era uma ideia. E ainda assim, é desconsolador. ... Tudo o que está pronto, diz-se, tudo o que está pronto, cessa de ser alojamento do nosso espírito. (Max Frisch: Bin, ou a viagem para Pequim) |
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