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  • 29.9.04
    O não-sermão da Terra da Alegria

    O que realmente gosto na Terra da Alegria - e hoje falo dos seus residentes -, é que lá se discutam questões* que intrigam muita gente, sejam católicos ou de outra crênça qualquer, sem que se ouve o tom de sermão.

    Nada contra sermões, desde que não sejam dirigidos a mim.

    Um sermão tem a sua razão de ser, mas somente para os párocos que se reunem na igreja para o ouvir. Em todas as outras ocasiões, para qualquer um que está fora, é difícil de aturar e, do ponto de vista de quem o dá, contra-producente.
    Quero dizer, o que é tão especial neste espaço religioso, é que realmente consegue falar para fora. E não me refiro aqui a facto de existir uma edição Terra da Alegria Extra, nas Segunda-feiras, em que crentes e não-crentes de diversas confissões (incluido eu) são convidados à escrever - isso é um bom exemplo da postura dos autores principais do projecto
    Terra da Alegria -, mas a abertura está tão manifesto nos contributos para a edição original, como se pode verificar também hoje.

    O segredo é que eles colocam as questões a eles próprios, genuinamente, e não, como em regra no sermão, de forma retórica: como pretexto para vender a resposta.
    É por isso que me atrai este blogue tanto, hoje como há meses atrás.

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    * As perguntas de Kant: O quê posso saber? O que devo fazer? O que devo esperar? e O que é o homem?

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