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  • 30.9.04
    Conclusão

    Há poucos dias descobri que sou um liberal radical.

    Toda a gente sabe que ser liberal é estar a favor:

    - da não ingerência do estado na vida das pessoas;
    - da não ingerência do estado na família e na educação dos menores;
    - da não promoção pelo estado (muito menos imposição) de estilos de vida, valores e normas de comportamento para além dos mínimos necessários para proteger a liberdade do indivíduo;
    - do não envolvimento do estado no apoio social aos necessitados;
    - da liberdade de expressão;
    - da liberdade de imprensa;
    - da economia de mercado;
    - de que a procura deve livremente definir a oferta.

    Aplicando as minhas recem-descobertas máximas liberais ao caso do desaparecimento/assassinato da Joana, ao interesse "popular" que despertou e à sua cobertura mediática, concluo que ser liberal implica ser profundamente cínico ou profundamente pessimista.

    Ou escapou-me algo, Gabriel Silva?

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