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  • 27.9.04
    A bola visto de dentro

    Num recente programa de televisão sobre a cosmologia e o Big Bang, percebi finalmente algo que me tinha escapado durante tantos anos que conheço esta teoria e que me interesso pela cosmologia (como amador, claro, esforçado consumidor dos livros de Stephen Hawking ou de Michio Kaku).

    Lá explicaram como o universo era tão pequeno nos primeiros nanosegundos: Do tamanho duma ervilha, duma bola de ténis... Isso já sabia. Via a animação no ecrã de televisão, como, a partir do nada, surge uma bolinha de luz, pequenisssima primeiro, que cresce, para depois dividir se em nébulas, as galáxias, que se afastam cada vez mais uns aos outros, deixando espaço vasto, imenso, frio, escuro...

    O erro: Apesar de no fim me imagino estando dentro deste espaço (como ele se vê no ceu), quando vejo a bola pequena, imagino a, sempre imaginei essa bola de fora! O que é obviamente errado. Tem que imaginar-se no seu interior, porque fora dela não há nada, NADA mesmo, nem espaço, nem tempo!

    Por outro lado, essa noção de que não existe nada fora desta esfera, do nosso universo, é tão lógica como não provada e não verificável. É verdade que não pode haver nada fora do nosso contínuo de espaço-tempo, isto é, enquanto usamos a palavra fora como preposição de espaço; se a usamos como preposição ontológica, já não podemos dizer que nada existe fora dele. Não sabemos...

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