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30.7.04
Há muito tempo desde que fiz o último post sobre arquitectura! Curiosamente na medida em que no trabalho fiquei mais ocupado com a arquitectura própriamente dita, diminuiu a minha inclinação de falar sobre ela no blogue. (A quem não conhece a nossa profissão seja dito que para mim como a maioria dos meus colegas infelizmente só uma ínfima parte do nosso tempo de trabalho é ocupado com a arquitectura própriamente dita.) Agora sinto me estimulado pelo post do Lourenço, que nele proclama a casa, contra a famosa definição de Le Corbusier dela como máquina de habitar, como máquina de emocionar. Não duvido por um momento de que Le Corbusier concordaria também com esta definição. O Lourenço reconhece que esta definição é a dele, ou seja a do autor. (Não necessáriamente a do habitante, do "utilizador".) Compreendo o bem e creio que talvez qualquer pessoa que escolhe uma profissão artística, faz isso pelo desejo de através dela conseguir alcançar as pessoas num domínio muito especial, de poder tocá-las. Depois de ter exprimido a minha plena concordância, quero lembrar-lhe algo que um velho professor nos explicou através duma analogia: Quando apreciamos uma refeição num bom restaurante, ninguem discute o seu valor nutritivo ou coloca a questão se ela eventualmente cria indigestão ou diarrheia. Discutimos a qualidade da obra do chefe de cuisine, e todas essas questãoes básicas são pressupostos que se toma por adquiridos. O chefe, no entanto, não as pode tomar por adquiridos, tem que garanti-las, e valha-lhe deus, e aos seus clientes, se falha neles! Etiquetas: arquitectura |
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