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10.6.04
O problema das interpretações é esse: elas reduzem e distorcem sempre o sentido do texto original. Na teologia como na poesia. (Há poesia onde essa distinção não se justifica...). Por isso a pergunta do professor "O que é que o poeta nos quis dizer?" leva em regra a um dos exercícios mais estúpidos que se podem fazer: A (suposta) tradução do poema para a linguagem comum. Se o poeta quis dizer o que pode dizer a interpretação, porque não escreveu esta e deu-se ao trabalho de escrever o poema? - Não me venham dizer que é por causa da beleza! Muitos dos textos mais belos não foram escritos com o intuito de serem belos, mas de exprimir algo que é (quase) impossível de exprimir. A beleza é um derivado da procura de verdade. Não é, não deve ser objectivo em si. (Isto é o desenvolvimento duma ideia motivada pelos comentários ao post anterior) |
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