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  • 7.4.04
    Um problema e a sua solução

    "Uma chefe de departamento experiente e inteligente, que estava habituada a tomar as suas decisões autonomamente, tinha problemas crescentes com um dos seus superiores. Assim como ela própria descreveu o problema, irritava o seu ar confiante e enérgico o seu superior e fê-lo sentir-se inseguro, de forma que ele mal deixava passar uma oportunidade de reprová-la, especialmente em frente de terceiros. Isto indignava a de tal maneira que ela assumia uma postura ainda mais distante e arrogante perante ele, à qual ele ainda reagiu com mais do mesmo desprezo, fechando assim o círculo vicioso do seu jogo sem fim. O conflito chegara aparentemente a um ponto, em que ele estava decidido de exigir ou a recolocação ou o despedimento dela e ela planeava de demitir-se, para se antecipar dele também nisto.
    Sem que se explicaram as razões para isso, recomendavam-lhe para aguardar o próximo conflito, e depois aproveitar a primeiro oportunidade para falar com ele entre quatro olhos e fazer, com embaraço visível, mais ou menos a seguinte confissão: "Já lhe queria dizê-lo há muito tempo, mas simplesmente não sei bem como - é algo louco, mas quando me trata como o fez há pouco, isso excita-me - não sei porquê, talvez tenha a ver com o meu pai", e depois deixar o seu gabinete em fuga.
    Primeiro ela ficou horrorizada com a ideia devido à sua pudícia (que de qualquer maneira dificultava as suas relações com homens), mas depois começou a aquecer para ela e finalmente considerou a tão engraçada que mal pôde esperar de pô-la em prática. Mas quando apareceu na proxima sessão, só pôde relatar que não chegou a ter oportunidade para isso, porque a postura do seu superuior tinha mudada dum dia para outro e que ele desde então se comportava de forma correcta e pacífica."

    (Watzlawick, Weakland, Fisch: Change. Principles of Problem Formation and Problem Resolution.)

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