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24.3.04
Será que sou "místico orfão de espiritualidade" ou "discípulo das energias positivas", ou devo subsumar-me humildemente "entre outros". Verdade é que sou daqueles que já se indignaram com um post dos Animais Evangélicos, e assim julgo que terei de escolher um dos rótulos que a Voz do Deserto disponibilizou para estas pessoas. (A escolha ainda inclui "romano higienico do costume", mas aqui não caibo mesmo...) Segundo a Embora não sendo nem homossexual nem pedófilo - se vale a pena distinguir entre essas duas condições - indigno-me. Porqué? O que me custa a perceber é como pessoas com acesso a informação, que lhes devia servir para ver que a religião calha a cada um conforme o acaso do seu nascimento - como muçulmano, baptista, hindu, testemunho de jeóva, budista, católico etc. - podem levar os seus dogmata à letra e usa-los como bitola para terceiros. Para uma pessoa inteligente e intelectualmente honesta restam perante este facto óbvio duas opções: Ou interpreta o legado da sua religião de uma forma um pouco mais abstracta, entendendo que a sua religião é só uma manifestação da essência religiosa (o que lhe abrisse um caminho fascinante para perceber melhor desta essência através do diálogo e da comparação com outras manifestações da mesma essência - mas isso cada um fara como entende...); ou, porque não quer prescindir do imaginário e ideário literal da sua religião, (respeito quem sente a necessidade do conforto que isso dá, e também a eventualmente sentida "verdade interior") limitar-se de aplicar os seus dogmata a si próprio e eventualmente os seus. E poupar neste caso terceiros dos seus impulsos missionários, uma vez que não está disposto para o diálogo no terreno da razão... Era o que esperava de uma pessoa inteligente e intelectualmente honesta... |
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