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  • 15.3.04
    Excelentes posts

    ...sobre o atentado de Madrid e as eleições espanhois no Cruzes Canhoto. (Hoje, dia 15.)
    Mas a melhor análise, com a qual me identifico largamente, e a do Blogo...Existo. J.P. Castro propõe um estoiciscmo activista, e justifica o com as seguintes reflexões:

    "[...] O terrorismo indiscriminado não é [...] apenas uma forma de luta política particularmente perversa. Pura e simplesmente, não é uma forma de luta política. [...]

    Este tipo de terrorismo é um pouco como os tremores de terra ou a sinistralidade rodoviária. Não podemos verdadeiramente evitá-los, embora possamos adoptar políticas preventivas, de algum modo semelhantes à construção anti-sísmica, orientadas para a minimização dos seus efeitos. [...]

    Paradoxalmente, quanto mais acentuarmos as medidas de segurança destinadas a proteger-nos de ataques terroristas, mais indiscriminados eles se tornarão. [...]

    Tem-se dito -- e é verdade -- que a confiança nos poderes da razão é posta em cheque com acontecimentos sumamente irracionais destas proporções e consequências. Acredito que devemos aceitar esse desafio, em vez de reagirmos de forma igualmente irracional, sob pena de nos resignarmos à derrota progressiva de todos os valores em que acreditamos. [...]

    Mas o terrorismo internacional não pode subsistir, pelo menos com a sua força actual, se não beneficiar de certas condições facilitadoras. Nós não queremos questionar algumas dessas condições, tais como os direitos e garantia dos cidadãos, a liberdade de expressão, a liberdade de movimentos, o acesso à internet, etc.

    Mas podemos e devemos questionar a liberdade de circulação dos capitais tal como hoje ocorre, que nenhum princípio de sã gestão económica recomenda. Tal como podemos e devemos questionar certas instituições cujo traço distintivo é a protecção de actividades ilegais. Essas actividades só podem existir porque a comunidade internacional não dispõe, ou não quer dipor, de meios para impor a sua vontade a países e interesses particulares que prosperam à custa dessas falhas de regulação.

    Tal como devem ser chamados à pedra estados pária que prosseguem programas de fabrico de armas de destruição massiva ou dão cobertura e treino a terroristas, devem também ser submetidos a escrutínio todos aqueles que dão guarida ao crime organizado internacional.

    Chegados aqui, é indispensável referir o problema central de tudo isto. Ninguém duvida seriamente de que a grande fonte de financiamento do terrorismo é o narcotráfico. Toda a actividade do regime talibã era, como se sabe, suportada pelo comércio do ópio. [...]"

    (realce por mim)

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