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  • 12.2.04
    The common ground

    Não se pode acusar José Pacheco Pereira, no seu artigo no Público de hoje, de falta de clareza.
    A decisão para a guerra do Iraque estava - também para JPP - tomada, independentemente e antes do desfecho da questão da existência de armas de destruição massiva. Perante isto não me interessa muito que ele acha, a posteriori, que foi um erro tentar uma legitimação da guerra na ONU. Apesar de me lembrar bem como na altura especialmente Pacheco Pereira usou o argumento das AMD com insistência.

    Mas não faz sentido acusar de hipocrisia, quem – para mim agora sem equívoco, deixou o terreno ético que até agora julguei comum entre democratas: o terreno preparado por Kant.

    Depois do 11. de Setembro, JPP escolheu o império em detrimento do direito internacional.
    Se no início me pareceu inconsistente que um político de um pais pequeno como Portugal desiste de insistir na validade de processos legais ao nível internacional, e opta pela submissão á hegemonia do mais forte (uma postura que não defende na relação com os seus parceiros europeus) percebo entretanto que isso tem a sua lógica: É a da esperteza do mais fraco, que se encosta ora a um poderoso para se defender de outros, ora a outro. - Que triste projecto para um país....

    Mas o que acho mesmo deprimente é a desistência daquele grande projecto da humanidade que comecou com as revoluções americana e francesa, que era de criar direitos iguais para todos os humanos e - por inevitável e expressa consequência - de criar uma ordem mundial que assenta em regras válidas para todos.
    José Pacheco Pereira escolheu o bicentenário da morte de Imanuel Kant para assumir sem equívoco: Dele não quer saber nada.

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