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  • 13.11.03
    Concurso Público para a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa:

    Cerca de 120 gabinetes de arquitectura compram a documentação, ponderam então a sua participação. Trinta e oito concorrentes entregam, de forma anónima, uma proposta de projecto. Trinta e dois propostas são eliminados pelo júri por causa de deficiências formais, nomeadamente por causa de entrega incompleta de documentos. (O erro de alguns limita-se a não colocar a legenda certa nas plantas...)
    Entre os seis restantes, o júri estabelece a hierarquia e propõe esta ao Dono da Obra.
    Muitos dos eliminados protestam e o seu protesto recebe o apoio da Ordem dos Arquitectos, apesar de ele ter estado representado na organização do concurso, dado apoio técnico e jurídico ao promotor e ao júri e nomeado um dos cinco membros do júri.
    Um ano mais tarde, os concorrentes recebem uma carta do promotor do concurso, da Universidade Nov de Lisboa, informando que o concurso foi cancelado por causa da recente reclamação do terreno por parte do Ministério de Justiça.

    Nós (os propostos vencedores) investimos ca. de 600 horas neste concurso. Tomando isto, que é razoável, por um valor médio por concorrente, foram gastas ca. de 38x600 = 22.800 horas, sem contabilizar as horas do promotor e do júri.
    Calculando a hora média de um arquitecto com 50€, o custo para a economia nacional foi de 1.140.000€.

    Não há nada de excepcional neste caso...

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